quarta-feira, 12 de outubro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pseudo-lésbicas



"Pensa na minha proposta, respeito sua opção, nada de penetração, apenas prazer com a boca..."
Jura mesmo que ele acredita que isto não é me violar, e desrespeitar minhas escolhas?
Mais um pouco perco o tato, e acabo sendo grossa como meu lado vermelho quer fazer desde o inicio.
Não, não sou mais uma dessas pseudo-lésbicas que "amam um único homem, mas gostam mesmo é de mulheres".
Isso pra mim chama-se bissex apaixonada.
Ou piriguete necessitada.
Sou uma feliz vagitariana, dessas que gostam de uma boa pussy cultivada com carinho, depilada e cheirosa, que nenhum homem toca de preferência, por que pênis por tabela continua sendo pênis.
Homem me tocar, só dos joelhos para baixo, mais que isso só se quiser levar chicotada.
Homem eu gosto é de tapete sob meus saltos 15, olhos baixos e língua desejosa das minhas solas.
Cansada dessas criaturas que não sabem a diferença entre heteros, bi e homossexuais.
Só pra deixar bem claro, sou a fêmea alfa da matilha, aquela que escolhe sua discípula e quer ensinar a ela como tocar e ser tocada, fazer inundar e transbordar.
 LIFE.
Nada contra piriguetes, pseudo-lésbicas e genéricas, desde que bem longe de MIM.
100% á favor do prazer, da MINHA MULHER COMIGO, e quem sabe mais uma pra somar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tomando folêgo



Só pra sair um pouco da rotina, respirar um pouco o ar de fora da vida baunilha chata e decadente.
Quanto menos gosto dos homens, mais deles tentam se aproximar de mim.
Hora dessas ainda vomito no terno ou nos tênis brancos deles. (acho que só assim pra dar mais veracidade ao meu sentimento.)


Semana passada estava me arrumando pra sair, salto de metal e vestido de onça, e minha amiga falou: LL, desse jeito ninguém vai se aproximar de você, pra ir num bar você tem que ir mais básica, só assim você consegue atrair as pessoas normais.
Não tive duvidas, passei minha sombra preta, mais uma camada de delineador e meu batom vermelho.

domingo, 24 de julho de 2011

Pequenas coisas



Claro que eu adoraria poder viver uma vida cheia de glamour, usando jóias, frequentando festas, fazendo tudo sem me preocupar, afinal, quem não gostaria?
Mas como não nasci filha de famoso nem de milionário, tenho que vestir a máscara pela manhã e ir trabalhar como todo mortal, a diferença é que minha máscara é como a do fantasma da ópera, mascara boa parte das convenções, e me deixa metade exposta.
E é a metade que não gosto que fica descoberta.
Níveis de serotonina baixos, cafeína e guaraná para dar pique, quilos de chocolate para tentar estabilizar.
Sou mau-humorada, anti-social e nem um pouco paciente.
Meu histórico de relacionamentos fracassados e frustrações com pessoas leves me permitem falar dos cortes sem ter que pedir absolvição.
Essa semana escutei uma frase que quase me levou á um ataque histérico, e me pergunto como alguém pode realmente se contentar assim!
"Você tem tudo, teto, comida, bebida, o que mais você quer?"
Quase gritei.
EU QUERO O ÊXTASE!
Eu necessito comer a carne, beber o sangue, lamber o gozo ainda quente escorrendo pela pele tremula.
Até mesmo chego á invejar por alguns segundos quem consegue se contentar com 10 minutos de um corpo presente sem alma.
Mas o que se faz sem amor nem paixão, pode e VAI machucar.
Tô realmente indo por aí, anestesiada pra aguentar essa vidinha chata, cercada de gente insonsa e feliz por se fartar no almoço de domingo.

domingo, 26 de junho de 2011

Papai e Mamãe

Sabe o que aconteceria se sua mãe não trepasse, e teu pai não gozasse?
VC não estaria aqui.
Então não me venha com falsos moralismos, pois não acredito que sua sagrada familia pratique o sexo puramente reprodutivo.
Imagino a cena de papai e mamãe ajoelhados no milho, se penitenciando pela pratica do ato, por quererem um bebê...
Sou muito mais do que seus olhos podem ver, e estou vomitando sobre todas as suas convicções.
Mulheres devem ser boazinhas, cuidar da casa, ver novela e gostar de manter as roupas lavadas e  passadas?
Pois pra mim mulher tem mais é que desejar, trepar, gozar e se purificar através do PRAZER.
ME LAMBE.
Eu vou SIM  vestir meus saltos e minha calcinha rendada, exagerar na maquiagem e comer com os olhos.
Minha mão vai percorrer curvas lascívas, e meus olhos vão escurecer de desejo, e quando me perguntarem sobre minha vida, vou poder dizer que vivi intensamente.
Pego um pouco de cada um dos meus desejos, um pedacinho de cada personagem,  me componho como a mulher que ama acima de tudo á sí mesma, e faz aquilo que a deixa feliz.
E tem mais, pra me tocar, tem que ter cheiro agridoce, pele macia, não gostar de roupas e saber ser mulher.
Eu quero INTEIRA.
Tatuagem, boca vermelha, cabelos sedosos, pele firme.
Ir contra a natureza é pecar contra sí.
Sigo minha própria filosofia, sigo de olhos vendados seguindo o prazer pelo cheiro, e não me importo com o que fica pelo caminho; se não me respeita não merece estar comigo.
Mas não se engane, o que você vê é apenas o que eu quero mostrar. E eu quero sempre mais.

domingo, 5 de junho de 2011

Monotonia


Hoje acordei tensa, bufando, batendo com o pé no chão como cavalo pressentindo o perigo.
Mas o perigo sou eu mesma.
Meu verme girava no meu estômago, e torci o nariz para a comida.
Fiquei pensando que minha fome não passaria com um prato de macarrão ao queijo, nem com Lasanha, nem com Ambrósia.
É uma fome de muito mais que isso.
E quando o muito mais não vem, eu fico assim, com meu verme me mordendo, um fogo subindo e descendo e pingando, e a monotonia desbotando meu dia.
E eu não gosto de dias monótonos, por que minha vida não é chata.
Eu decidi isso desde que me entendo por gente, e me recuso á deixar que gente chata deixe minha vida chata.
Sorrir só por que o céu está azul me parece uma felicidade primária demais.
Não estou questionando quem é feliz, eu também quero ser feliz, minha revolta se dirige á quem sorri á toa, á quem faz outro á toa um motivo pra sorrir.
Eu não tenho tempo para essas tolices.
Me falta sangue pra flexionar tantos músculos e fazer isso por nada.
Porque é exatamente isso, o nada.
E então eu pergunto, tediar é um verbo?
Vejo você apertando, espremendo, e nem uma gota de nada que valha a pena escorre.
E pra você isso é viver.
Humpf.
Eu quero é morrer de paixão.
Amar aquela mulher com jeito de gata lânguida, se roçando, me provocando, desafiando.
Que me tire do sério, tire do tédio,
vire minha alma do avesso, atrapalhe meus pensamentos, mas pelo amor de DEUS,
me faça sentir... um arranhão que for, me dê.
Até mesmo para ser insatisfeita tem que ter estilo, é preciso ter argumentos, é necessário SER.
Parte do meu charme é que meu tédio se mistura á inconstância, e tudo aquilo que se espera de qualquer um nunca vêm.

domingo, 29 de maio de 2011

Sinal de Adeus

Se partiu, estilhaçou dentro dela, e os estilhaços formaram gotas dágua salgada, que escorreram pelo rosto demonstrando toda a dor que ela sentia.
Aquele era o ponto final, definitivo, intimidante e indiferente ao que causava.
A dor dentro do peito atingiu o ápice, e depois foi abrandando, devagarinho, atestando a morte. A causa? Foi medo. O Amor tropeçou na imaturidade que acompanhava o silêncio, que por sua vez era parceiro do desespero, e essa turma não perdoou o erro.
A paixão começou a esfriar, e a pressão começou a diminuir. Ela levantou e lavou o rosto em sinal de despedida, o brilho no olhar indicava as lágrimas contidas, a mão tremula não se sabia se era pelo frio que a tomava de assalto, ou do nervoso de assumir o fracasso.
O céu nublado combinava com sua alma, e o vento fez bater em seu rosto uma semente.
Determinação.
Agarrou aquela promessa como se sua vida dependesse disso, (sabia que dependia!), e rumou correndo para o jardim do amanhã.
Adubou com esperança, regou com certezas e cercou com carinho.
Lavou o rosto novamente, desta vez renovada.
Hidratou o rosto, maqueou-se com apuro simples e sorriu.
Uma fresta na neblina anunciava a mudança do tempo.
Ela tinha urgência de SER.

domingo, 22 de maio de 2011

Rebuceteio, barebacking lésbico


Cada dia que passa mais me impressiono com o fato de como a vida toma rumos não desejados, por pura escolha consciente.
Ao contrário das mulheres heteros, o meio lésbico é um ovo, onde é muito fácil todas se conhecerem e tornarem o rebuceteio a coisa mais comum (e nojenta!) do cotidiano.
É um tal de Ana que casou com Paula que era amiga intima da Andréia que namorava a Charlotte que foi o 1° amor adivinha de quem???Isso mesmo, da Ana.
Não sou adepta de rótulos, amo tudo que envolve perversão, adrenalina, jogos apimentados, mas também acredito que é necessário sempre o bom senso, e que como em todos os jogos de adultos o sexo sem compromisso deve seguir as regras do BDSM: São, seguro e consensual.
Sexo é sempre uma delicia, e como seres instintivos que somos faz parte da nossa natureza.
Tesão, ferômonios no ar, arrepio na pele, líquido nas coxas.
Delírio.
Transgressão.
Mas nunca válvula de escape.
Sair por sair, sexo por sexo sem nem ao menos hedonismo, é o mesmo que voltar á ser criança e querer fumar só pra mostrar que pode.
Sim, você pode, eu posso, nós mulheres temos o direito á usar o nosso corpo da forma que desejarmos, só resta saber se você realmente o faz por desejo ou num momento infantilidade, birrando consigo mesma.
É realmente isso que vai te fazer feliz? Uma quilometragem mais que ultrapassada de BR rodada?
Ando vendo mais e mais mulheres se tratando como lixo, e depois reclamando que não são valorizadas, que as mulheres com quem se encontram são insensíveis e não sabem cuidar, cortejar, demonstrar interesse.
Desculpa meu bem, mas isso é o que acontece com carne de segunda.
Você vai servir para matar uma fome, mas nunca para ser importante e ocupar pensamentos.
Muito mais perigoso do que o barebacking consciente é se jogar no sexo por impulso,
pois a faminha OUT  ou a cara de que tem pegada podem esconder muitas outras coisas que não valem por uma noite.
Deixo pra você uma dica: Sapa, também dá sapinho. Ou coisa pior.
 E nisso, sou antiquada mesmo, gosto sim de mulher puta, que geme, que jorra, que sai marcada de mim e com a cabeça zonza, mas que saiba se dar ao respeito e assim seja por que encontrou a SUA mulher.
Respeito acima de tudo, e só quem segue essa regra de forma íntima pode fazer cobranças.
Se tua fila voa, o troca-troca de bocas e a experiência no “curriculo” são os números que realmente importam na sua vida, VAI.
Só não reclame quando ninguém quiser que você fique.

domingo, 1 de maio de 2011

Antropofágica


Tem horas em que tenho medo de mim mesma.
Medo dos meus desejos.
Medo porque vêm coisas absurdas da minha mente, como o desejo de devorar um pedaço de alguém.
Mas não de um alguém qualquer, um alguém que habita meus pensamentos de forma quase existencial.
Um alguém que só de me lembrar me molha, e que por se manter quase como uma consciência, mantem-me molhada constantemente.
Quando me deito pra dormir muitas vezes é esse meu ultimo pensamento, deglutir-lhe a alma, e absorver cada parte dela em mim mesma.
E assim é quando acordo, quase sempre com seu gosto nos lábios.
Coisas certas, coisas humanas, essas nunca conseguem solucionar nada.
Sempre acordo com os cabelos ruivos colados na testa, e com meu desejo latejante provando minha incompletude.
E então novamente vou e invado, e tomo e ordeno que se derrame sobre mim, peço que se abra e se perca. 
No meio desse desejo, da mal controlada fome, te mastigo dentro de mim, enquanto com falsa paixão, de forma lenta e cadenciada me faz crer que veio para ficar, mas dizendo de muitas formas nunca claras o suficiente, em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar.
E é isso que muito me interessa.
Meu prazer se encontra em te prender e virar sua cabeça, em provar que não tenho que fazer nada além de apenas ser, de jogar num canto, lamber atrás da orelha, prensar minha coxa entre as pernas, e esperar o pedido rouco e leve de “me invade”.
E me queres assim porque é assim que és.


domingo, 24 de abril de 2011

Recado de Borboletas (Voejando....)



Hoje á tarde estava sentada na janela, por trás das malditas grades do meu quarto, quando entrou uma borboleta imensa, azul, e pousou no meu ombro.
E ela ficou pousada ali, e perdi a noção do tempo, ali, sentada na cama, com aquela borboleta no ombro.
Será que ela pode me reconhecer? Será que ela, com sua sensibilidade inata pode ver a larva fêmea que estou, e está tentando me incentivar?
Quem me conhece há de estranhar esse post, de se perguntar o que diabos deu na minha cabeça.
Deu uma borboleta, bicho formidável, que deveria fazer todas as pessoas refletirem.
Muita gente não sabe, mas uma larva de lagarta é muito inteligente.
Ela fica dentro do seu ovo, esperando, esperando, até ter a condição climática adequada para sair de lá de dentro. Paciência e sensibilidade é o que faz com que um embrião nasça no momento exato, nem um segundo á mais ou á menos, com uma voracidade instintiva, devorando a casca que o prendia e querendo mais, podendo em minutos devorar uma planta com o triplo do seu tamanho.
As lagartas podem viver de meses á um ano, e nesse período sua obrigação é andar por aí e comer, extrair do ambiente o máximo que conseguir acumular em si mesmas, para ser forte depois.
Durante todo este tempo a lagartinha vai trocando de pele várias vezes, e á cada casca nova vai comendo e comendo mais, crescendo muito, até estar enorme e forte o bastante para virar borboleta.
E quando este momento chega, ela procura um lugar que lhe pareça muito seguro, para começar á tecer seus fios e montar seu casulo.
E então ela se reclui, perde todas as pernas, fica incapaz de se locomover e perde a pele mais uma vez. Tudo isso enquanto tece seus fios para virar uma pupa.
E vcs sabiam, que leva ainda entre uma semana á um mês para que a borboletinha saia do seu casulo? E, quando finalmente ela sai, é por que sente que está forte o bastante para romper o casulo, está confiante e sente que o dia está lindo e sem predadores?
E o dia TEM que estar lindo, por que ela precisa do sol para secar suas asas.
Ela não desiste de ser uma borboleta por que é difícil.
Ela não reluta em abandonar as peles que não servem mais, por que não se conforma em morrer apertada numa casca.
Todo processo de transformação costuma ser dolorido, e quanto maior a metamorfose, maior a dor e maior o prazer pós-processo de transformação.
E a borboletinha se esforça para romper o casulo, uma verdadeira luta para rompê-lo, mas que é necessária para exercitar suas asas, para que ela tenha forças para voar.
E é assim que nasce uma borboleta.
Vêm uma larva, depois um bicho rastejante e gordo, a constante mutação, a reclusão e finalmente o ser lindo e livre que encanta a gente, e que me fez pensar.
A questão é que durante o tempo em que fiquei perdida com aquela borboleta, me veio na cabeça como a borboleta é sábia e guerreira.
Agora convido vc, que até aqui não deve ter entendido nada, á pensar comigo:
Quantas vezes, VC teve paciência de compreender o tempo? De sentir a necessidade de uma “troca de pele” sua ou de alguém que te ama?
Vc que está me lendo, já foi ou quis ser o porto seguro de “um casulo?”.
Teve a paciência de ver sua pupa ali, e esperar sabendo que em breve ganharia uma linda borboleta?
Ou o dia-a-dia não te deixa tempo, a vida é muito curta e é preciso abrir o casulo pra ajudar a borboleta, mesmo que isso cause sua morte?
Apesar de todo o tempo que esses pequenos milagres levam se preparando, crescendo e se fortificando, e embora possam viver por até um ano, nem a metade delas chega á seis meses.
A grande maioria, consegue sobreviver apenas por três dias.
Dois ou três dias LIVRE, pousando em flores, voejando, vivendo.
Que você que leu tudo isto, neste momento valorize querida amiga, suas borboletas.
Sejam elas as que nascem no seu estômago por causa de um beijo, seja a pessoa que está ao seu lado uma borboleta.
Se lembre que a felicidade plena não existe, mas que sendo um pouco paciente, entendendo um pouco, abrindo pequenas exceções, alguém muito grande pode te fazer companhia, alegrar teus dias, tuas noites, te entregar TUDO.
Sempre vale a pena.

domingo, 17 de abril de 2011

Praticando a arte do DESAPEGO.







Acabou.
Ou será que está começando?
Depois de um bom tempo em que se sofre por um fim de relacionamento, temos que olhar para frente, e deixar o passado para trás.
A vida é feita de escolhas.
Nosso livre-arbitrio nos dá o direito de escolhermos ir para direita ou esquerda, fazermos algo ou não.
Com relação á sentimentos, infelizmente, não podemos escolher entre amar a Estela ou a Ananda, o coração é quem se encarrega disso, mas, podemos sim escolher entre sofrer com uma coisa que nos faz mal, ou deixa-la ir.
A nossa postura diante dos fatos é o que permite alterar a rota e modificar as situações de forma á torna-las positivas.
Temos que aprender o desapego, sermos dependentes somente de nós mesmos, capazes de nos nutrir, encontrarmos a paz, o amor e o equilíbrio em nós mesmos. Temos que em 1° lugar *SER*, para depois *TER*.
É sendo grande que conseguimos alguém com valores iguais para dividir a vida conosco.
A vida minha amiga, é como lidar com venenos.
Na dose certa, pode ser a cura para muitas doenças.
1 grama á mais do que o indicado, pode te propiciar a mais doce das experiências.
Eu tenho veneno, e ele vai TE viciar.
Até hoje nunca encontrei alguém capaz o bastante de lidar com ele.
Ninguém conseguiu se arriscar e permanecer para conhecer o paraíso.
E não, eu não peço desculpas por ser quem eu sou, por que eu mesma me achei estranha por muito tempo, e tive que aprender a me respeitar.
Então hoje não me apego  á quem me acha estranha e não sabe AMAR isso.
Eu sei o valor do amor próprio. E não tenho mais medo de magoar.
Quem quiser pode me achar egoísta. Podem me achar cruel, ou até dizer que sou impertinente.
Mas em algum lugar *ELA * está.
Ela conhece meu perfil, o tom da minha pele e o meu cheiro, e se rende á isso.
Ela ama exatamente o meu ego, a minha perversidade e meu jeito de olhar, e vai se entregar á mim não com apego, mas com paixão.
Assim que me vir ela vai me reconhecer.
No dia que isso acontecer vai ser o encontro de duas mulheres desapegadas e completas.
Seremos eu + tudo que há nela.
E ela será mais um pedaço de MIM.

domingo, 3 de abril de 2011

Aceita-se curriculos. Vaga para namorada.




Inicio de namoro é sempre a mesma coisa.
Vocês têm tudo em comum, adoram as mesmas coisas, o horizonte das conquistas é sempre o mesmo.
Cuidado!
Quando uma pessoa diz algo á você, se é exatamente o que você gostaria de ouvir, pode ter certeza que o que ela realmente está dizendo é outra coisa completamente diferente do que as palavras que saem da sua boca.
O que se mostra dificilmente é o que se pensa.
A Andréinha é tudo que você sempre sonhou, quer uma vida diferente, te promete mundos e fundos, mas eu sei, cara amiga,
assim como você deveria saber, que isso não vai dar certo.
Porquê?
Por que as pessoas mentem.
Por que a vontade de fazer dar certo é tanta, que uma mentirinha não é tida como algo errado.
Por que dentro da mente vem a certeza de que *ELA* vai mudar.
Sabe de uma coisa?
ELA NÃO VAI.
Você vai se envolver mais e mais, vai se apegar, vai se apaixonar, e vai quebrar a cara.
Então vai sorrir aquele sorrisinho que tenta mascarar a verdade e querer se enganar.
Sempre a mesma estória, e sempre porque as pessoas mentem.
Eu juro que eu queria saber qual é a dificuldade de falar a verdade no inicio do relacionamento.
Prazer, sou a LL, mulher intensa, explosiva, fetichista, profana, libertina, que ama animais (e não vivo sem),
gosto de casa térrea e MPB, e com uma enorme tendência ao passionalismo e á manipulação.
Gostou? Ótimo.
Não? Tchau.
Eu não vou mudar; meus sentimentos, meus defeitos, as minhas taras.
Quando for pra me relacionar agora, vou pedir currículo.
Perfil completo com todos os campos preenchidos, pra evitar as mentiras do pré-namoro.
Amar é muito fácil quando você encontra a pessoa perfeita.
E é exatamente aí que está o segredo.
A pessoa perfeita não é perfeita.
Ela tem defeitos, defeitos que são superáveis, e que chegam até mesmo á ser engraçadinhos.
O relacionamento perfeito é aquele onde você vai ter dificuldades, e força o bastante para superá-las;
Tem que existir a cumplicidade de confiar na parceira independente de qualquer situação,
por que *ELA* nada mais é do que uma extensão de *VOCÊ*.
E você dela.

domingo, 20 de março de 2011

Diga não á propaganda enganosa!



Essa vida moderna realmente é muito antiquada!
Creio eu que de todos os tempos é quando mais se fala em sexo, e quando menos se pratica.
Acho que o sexo virou uma lenda, sempre se ouve coisas maravilhosas sobre ele, pessoas que viram, pessoas que fizeram, mas quando você quer fazer, não acha ninguém que queira ou saiba como faz.
Uns tempos atrás fui pra uma casa noturna que prometia ter a noite, quarenta reais secos, em troca só mulheres lésbicas participantes de uma rede social.
Quando o relógio tava pelas três e meia da manhã, a musica estava ótima, o corpo quente e as promessas da mulher que dançava comigo mais ainda, tanto que aceitei o convite para sair dali.
Is.
4 horas da manhã.
Forca.
Mulher que faz propaganda enganosa merece ser condenada á forca, sem direito á ultimo pedido.
Não se faz uma mulher ficar com expectativas para nada, não se faz alguém com vontade ficar molhada para dar uma esfregadinha e chamar isso de trepar.
Não sei onde essas menininhas andam aprendendo sobre sexo, mas garanto que eu fui autodidata e nunca decepcionei nessa matéria.
E quando a gente fica puta com uma situação dessas, ainda tem que esconder o mau-humor, pra não ser taxada por algum nome desses que pessoas assexuadas gostam de dar...
Se não for para revirar, sorver, escorrer, não me faça perder tempo.
Por que eu não perco mesmo.
Vai ficar sozinha, por que viro pro lado e durmo mesmo.
Tédio.
Tédio dessas pseudolésbicas que tem *nojinho* de sexo oral.
Mulher tem que saber amar mulher, saber onde tocar e como tocar.
Maldita seja Katy Perry e seu “Kissed a Girl”.
Beijar mulher vira modinha, e qualquer uma achar que tem condições de satisfazer outra mulher. Muitas vezes nem curiosidade não tem, é só pra dizer que é moderna.
Pois que víre emo, indie, purpurina, mas não se atreva á cruzar o meu caminho!
Depois de uma dessas acho que só resta uma boa chuveirada, por que até chuveirinho satisfaz mais.
Acho que, como a páscoa ta chegando, vou escrever ao coelhinho.

“Querido amigo peludinho, neste ultimo ano fui super boa amiga, filha paciente,
caridosa e atenciosa.
Por tudo isso, ao invés de um ovo de páscoa, queria pedir que você me trouxesse uma amiga colorida, carinhosa, tarada, relativa, com vitalidade e muito daquele chocolate corporal da Cacau Show espalhado pelo corpo.

P.S. Como sei que está meio difícil esse tipo de especialidade, se não encontrar aceito um Ramsey Rabbit mesmo.”

Ta mais fácil acreditar em coelhinho da páscoa que em femme boa de cama.

domingo, 13 de março de 2011

Segredos



Eu tenho um segredo pra contar.
Uma coisa que eu escondo e escondo, mas que é impossível de realmente ocultar, por que sempre aparece quando eu me distraio.
A verdade é que por trás da blusa decotada, dos seios, dos músculos e das mascaras, eu tenho um coração.
Ele já foi enorme, brilhante, liso, e quase não cabia no peito.
Hoje eu não sei se cresci demais, e ele se tornou pequenininho, ou se de tanto dar pontos, tirar e recolocar algumas vezes, ou pelo peso da armadura, adagas e espadas, ele parece menor.
Sempre me preocupei muito com a pele, o cabelo, as unhas, mas o coração eu ia jogando na vida, dando sempre nas mãos de quem não se preocupava se ele batia ou se caía.
Pensava que por não vê-lo ele era imune.
Uma vez eu viajei e deixei ele lá pelas bandas do Centro-Oeste, perdido, e o pobre levou anos pra voltar.
Chegou ferido, magoado, batendo de levinho.
Eu peguei de volta como quem pega passarinho de asa quebrada, lavei, botei remédio nas feridas, e escondi embaixo do lado esquerdo de muitas camadas de personalidades.
Ele foi voltando a bater um pouco mais rápido, algumas vezes descompassado, outras estimulado pelo calor que subia do baixo ventre.
Esse calor quase sempre tentava fazê-lo saltitar.
Até que ele escorregou.
Numa dessas tardes depois de rir, olhar dentro de um par de olhos brilhantes e me perder.
Ele escorregou pra dentro de uma bolsinha de veludo, e eu acreditei que era seguro.
E durante um tempo ele ficou protegido, batendo quentinho, sem nem perceber alfinete ou ferro que cutucava pra acelerar.
E quando dei por mim, ele estava jogado dentro de uma gaveta, já servindo de almofada de costura.
Lutei contra, fui minha própria inimiga, tranquei a gaveta, joguei a chave em um cofre.
Uma noite voltei sem as armas, nua, de mansinho, e o tomei de volta nas mãos.
De lá pra cá meus demônios o protegem, e prefiro não saber onde o escondem.
Porque metade de mim acredita que ele deve ser doado, e a outra parte também.
E vou lidando com a falta, ao mesmo tempo que desejando ardentemente escutar a campainha, o skipe, o toque do celular, ou mesmo uma mensagem de e-mail ou a janela piscando do MSN,
com uma gladiadora dizendo:
"Hey, não tenho medo dos teus vermes, pois também tenho os meus.
Sou a guerreira que faltava pra enfrentar teus demônios. Vou balançar o teu mundo, e sorver TUA ALMA."
Enquanto isso eu sento na janela, e fico vendo as mocinhas passando correndo, com medo.
E quando o desejo bate, vou me divertindo com as erradas...

domingo, 6 de março de 2011

Ceticismo



Cansada.
Tão, tão cansada.
Cansada de gente mentirosa.
De olhar pra trás e só ver mentiras.
Para os lados e me iludir.
Ver que a minha vontade é tanta, que chegou á me cegar vezes seguidas, á criar ilusões e só ver o que eu realmente queria.
Ceticismo.
Eu não quero ver o melhor das pessoas, me contento com a verdade.
Solidão que nunca passa, e que eu faço questão de tentar driblar me jogando em relações,
tentando não escutar meu sexto sentido e negar minha essência de mulher.
Gastrite por ficar segurando ira fermentando meu estômago.
Enjoo de mulher sem imaginação, que fica repetindo padrões,
buscando algo que nem ela mesma sabe o que é,
e que vê sempre em cada nova conquista o seu *algo mais*.
O pior é pensar que a carência faz com que acreditemos que “somos A Única”.
Desesperadamente nos agarramos quando escutamos que acrescentamos, que fazemos a diferença, que mudamos o dia e o sentido.
Sabemos que com certeza, ao menos que se namore uma virgem vinda de uma tribo africana, não seremos a única Doll na vida dela.
Sempre seremos a mais inteligente, o amore, a mozinha, a única que conseguiu levá-la ao ápice do prazer.
Até a próxima.
A sensação é de estar no planeta errado, no meio de espécie estranha.
E é muito incomoda a incerteza, o medo de nunca encontrar outro alguém capaz de sentir IGUAL.
E quando eu digo igual, é por que desejo alguém igual á *MIM*,diferente de todo mundo, capaz de sentir uma sensação única,e saber valorizar a pessoa que tem ao lado.
Se eu digo á uma pessoa que ela me é fundamental, é por que ela È mesmo, questão de necessidade.
Até quando as pessoas vão viver como personagens?
Até quando vão falar textos criados e decorados para abalar as estruturas das outras pessoas?
Por mais incrível que seja uma pessoa, por maior que seja o porte, por mais imponente que seja a postura,
por quanto mais dinheiro ela tenha, NUNCA vai deixar de SENTIR.
Ela até pode parecer uma muralha, mas com certeza terá suas fraquezas, mesmo que não sejam aparentes.
Assim como o oceano, possuo uma imensidão em mim.
Sou profunda, tenho infinidades de segredos, vida em abundância, e assim como ele não gosto de ser desafiada.
Se sou invadida reajo á altura, seja para dar ou receber.
Minha vida, minhas escolhas, meu direito de recusar.
Vomitando tudo que me faz mal.
Ressaca.
Força da natureza.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A Banalização dos sentimentos.


Hoje á tarde eu fui ao açougue, abri meu melhor sorriso, e com os olhos brilhando, falei:
"Eu te amo moço!
Por favor me vê um quilo de coração, pega dos mais vermelhinhos, acho que dá pra levar uns dois não?”
Ele pesou, realmente deram dois corações, que ele colou a etiqueta de preço, paguei no caixa e retirei no balcão.
Comprei, agora só pensar no que fazer com eles.
Tinha ainda um *em uso*, e comecei á pensar em como me desfazer dele, já que acabara  de adquirir dois “fresquinhos”.
Parece uma cena horripilante de se pensar, eu te amo pro balconista, corações em bandeijas.
Mas é exatamente isso que eu tenho visto acontecer por aí, no dia á dia, claro que de uma forma não tão *Twilight Zone*, mas não muito longe disso.
Quanto mais pessoas conheço, quanto mais vivo e convivo, mais gosto dos meus gatos.
As pessoas andam me dando asco.
Cada dia que passa são mais relacionamentos terminando, começando, rolando.
Hoje á noite mesmo estava no M S N com algumas amigas, e enquanto A. me contava que estava mal por ter chego ao fim de um relacionamento de 4 anos escutando um simples “não te amo mais”, R. me dizia que queria muito viver uma história de amor como as do *Fantástico.
Pra 1° respondi que ela deveria cometer assassinato, e pra segunda que era melhor rever o roteiro, por que vacas sempre estragam o final acabando com tudo.
Se minha vida virasse filme, com certeza seria roteiro mexicano, dirigido por um coreano, ou seja, teria muito drama, choradeira, uma gritaria infernal, elenco imenso e final abrupto inexplicável.
Após lembrar á mim mesma e á amiguinha de como funciona a lei do vazio, cheguei ao ponto crucial: Amor hoje em dia só em comercial de 12 de Junho, pra fazer o comércio vender.
Não que eu não acredite que exista amor verdadeiro, claro que existe, eu já senti, já tive, então sou testemunha da sua veracidade, mas o que aconteceu?
São os tempos modernos?
Sorrio cada vez que vejo dois velhinhos na rua, um cuidando do outro, comemorando bodas de ouro, diamante...
Hoje em dia já inventaram a boda de papel, só pra não dizer que não se comemoram bodas, pelo menos no papel / papelão alguns chegam.
Não sei se com a modernidade, a liberalidade, corpos expostos na mídia, o TESÃO passou á ser superior ao AMOR.
Eu já disse {TE AMO} para duas mulheres que passaram pela minha vida.
E disse por que amava mesmo, tinha certeza disso, tanta certeza que é confirmada pelo fato do sentimento ainda estar aqui.
(Que me perdoe Vínicius de Moraes, mas se quer algo infinito enquanto dure, que vá para as Casas Bahia comprar móveis!)
Agora, com uma ou duas semanas de namoro, já ta amando???
Que BullShitagem é essa???
Será que dizem e não sentem, ou julgam que sentem, e na verdade não sentem?
Prefiro acreditar na segunda opção, para ainda manter uma réstia de fé que nem toda humanidade é banal.
A questão é que são tantos os sentimentos!
Existe o Amor, a Paixão, o Desejo, o Carinho...
Será que por causa de tanta tecnologia, o sentir ficou realmente fora de moda, e ninguém mais se dá ao trabalho de perder tempo para analisar o que sente?
Deixo aqui bem clara a minha indignação contra essa maneira de agir, porque não se deve dizer  apaixonada pra agradar a Joaninha e leva-la pra cama.
O Tesão se encarrega disso.
Se ela te deu flores e te chamou de Amor, ótimo, é lindo, mas não é motivo pra você dizer EU TE AMO.
Já cansei de ouvir Eu Te Amo na minha vida e ficar quieta, por não ter certeza de o que eu realmente sentia.
E olha que não era romance não, era assunto de família.
Tem dois tipos de pessoas me lendo agora, VOCÊ, que provavelmente está chorando e pensando, ela está certa, não se faz isso, não é certo iludir e brincar com sentimentos alheios.
E você, que eu não sei o que tem na cabeça, (ou o que falta dentro do peito), que de tão moderninha, deixa o clitóris tomar a dianteira e sai amando todo mundo.
Qualquer uma das opções, *você* tem um coração, e nunca deve se esquecer disso.
Não importa sua idade, raça, língua ou tribo.

WHAT GOES AROUND, COMES AROUND.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Lambrusco



Hoje foi dia.
Dia de ser feliz.
Dia de cuidar de mim.
Acordei em pleno meio de manhã, com um sorriso que tenho certeza que veio do encontro noturno com alguma divindade.
Certeza, por que acordei meio Walkyria, montando num cavalo imaginário e guerreando bravamente.
Por que é pra isso que vivemos, para constantes guerras, guerras por tréguas, guerras por Amor, guerras internas.
A minha luta tem sido todos os dias, para me lembrar de uma frase que sempre disse, e que agora sussurro para mim mesma todas as manhãs:
Você é uma titã.
E sim, vou linda e imensa passando as pernas de meia arrastão por cima de todos os momentos ruins, evitando pisar em certas lembranças, por precaução, para não prender no salto.
Eu ando sorrindo, balançando a cabeça e concordando com tudo que andam dizendo.
Tanto faz se dizem que dormi com a selvagem, que vou achar alguém ali na esquina, que deveria não usar o cabelo tão vermelho.
Eu só sorrio e concordo, sem nem me empenhar em escutar, porque se for realmente prestar atenção...
Fora que estou beeeem grandinha para pessoas se intrometendo na minha vida, em assuntos que são meus, e dos quais não abro mão.
É um momento autoconhecimento, que demorou pra começar e não tem previsão de fim, que não quero que acabe;
Se conhecer é algo que todas deveriam fazer antes de tentar jogar no mundo a sua marca.
E eu digo isso, com a certeza do pouco que já sei de mim.
Até ontem nem mesmo sabia que um momento simples, uma constatação feita numa pequena brecha de lucidez,
tem a capacidade de mudar um rumo,
como se fosse possível em um minuto passar uma camada de brilho de secagem rápida sobre a vida.
Isso tudo, simplesmente, porque tem muito AMANHÃ.
Pra que sofrer de náusea, arrastar atrás de si tudo aquilo que na verdade é só resto?
Resto de parede descascada, de calça suja de barro, de horas de telefone, de promessas não cumpridas?
Joguei tudo fora, coloquei num saco e joguei na calçada pro lixeiro levar.
E quando o saco sumiu, eu pude até sentir o cheiro do meu antigo perfume, aquele, que eu usava sempre em uma ou duas noites de Sábado.
O lado ruim de ser muito grande é ter que se apertar em espaços para caber.
É quando aquela mulher que você queria tanto que encaixasse, te mostra que foi mais um erro e tenta de podar pra poder colar.
Porra, se tem que caber*, quer o básico, compra um Bonsai.
Ou abre o catalogo do orkut, escolhe um modelo básico e incrementa, joga umas idéias, presenteia com uns livros.
É MUITO mais FÁCIL do que me cortar.
Só aceito cortes se for pra fundir, misturar, fazer um enxerto.
Assim, me dou o direito de SER.
E nesta noite em particular,
 Sou Lambrusco Grasparossa di Castelvetro.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mendicância e masoquismo sentimental



A fulaninha acaba o relacionamento com você, te dá pelo menos uns três motivos, diz o quanto te acha maravilhosa, o quanto te ama, mas que por vocês duas é necessário terminar.
(Mentira, mentira, mentira, muito provavelmente ela encontrou alguém que prometeu ser melhor de cama que você, e ela decidiu experimentar).
Claro, que em como todo final de relacionamento, (salvo raras exceções), um dos lados sai muito machucado.
Provavelmente é você, quem tomou o pé na bunda e está se perguntando pela milésima vez o porquê.
Essa é uma das situações que de tanto darmos o ombro pra amigas, ver acontecer em filmes, lermos nos romances, deveríamos saber que invariavelmente vamos passar na vida, no mínimo uma vez (se for sortuda), sabe-se lá quantas ao longo dela.
Dói? É claro que dói, que você vai sofrer, se machucar, chorar, querer morrer...Mas o que realmente importa, é que você tem que saber a hora de parar.
O cumulo do masoquismo, é o masoquismo sentimental.
Se cortar inteira e ficar sangrando, sentindo o coração despejando sangue aos borbotões, vai te trazer uma hemorragia invisível que pode virar câncer.
Durante um tempo achei, minha cara amiga, que só existia o masoquismo carnal, aquele dos fetiches, mas há também quem fique se matando, num discursinho infindável do Mea-culpa, eu farei isto, farei aquilo, e rastejando em volta de joelhos.
Pra que correr atrás de quem te é indiferente?
A verdade é que isso é patético.
Mas isso nada mais é do que uma questão de escolha.
Escolha de se prender em um relacionamento em que você vai estar sempre só.
Existe quem escolhe relacionamento assim, pelo grau de dificuldade, só pra ficar se torturando.
Escolhe namorar justo aquela mulher cafajeste, vai logo pela fama de que ela é boua e se baseando pelo que já ouviu comentarem ou pela faminha OUT.
VAI.
Vai quebrar a cara, se isso te faz feliz.
Se você escolhe pelo quesito mentira então... se prepara.
Se a dita é fofoqueira, inventa da vida dos outros, aumenta tudo, imagina o que vai aumentar na tua testa!
Tanto a versão real, ao vivo e á cores, quanto versão ultra-moderna-namoro-virtual.
Geralmente namoro virtual é aquela coisa do amor sublimado platônico, líiiindooo, e dos mais masocas também.
Nesse você vai sofrer desde o inicio, com conta de telefone, conexão lenta de Internet, orkut deletado, fora as Maria-nerds que SEMPRE deixam scraps tendenciosos na pagina da TUA mulher.
(E óbvio,você vai acreditar quando ela te disser que é só amiguinha fofinha que gosta do perfil...).
Como já disse antes, tudo é uma questão de escolha.
Você tem a opção Luka: Tô nem aí, pode ficar com teu mundinho...
A opção de realmente ficar aí amargando, sofrendo e masocando.
E a minha opção favorita: Depressão alternativa!
Enche a cara de chocolate, escolhe o melhor salto (ou allStar se você é sapatão), compra uma roupa linda e vai pra balada.
Nada como assassinar alguém que te faz mal ao som de Alone, deixando o refrão te invadir.
Dia seguinte bota um óculos escuro, reúne umas amigas, pega todas as lembranças infernais que podem te ferir e faz um funeral, depois exorcisa tomando absinto, vai ver a fada verde, e bebe BEM pela defunta!
Só não vale uma semana depois entrar na fase carente, e se meter na mendicância sentimental.
Sair por aí pedindo “preciso ser amada”, só vai te jogar no lodo de um novo relacionamento já fadado ao fracasso.
Ninguém nunca me pediu “me ame”, e nem por isso eu amei menos.
Claro que sim, você tem todo direito de querer um novo Amor, acho que até mesmo é teu dever de ter,
 mas nada de ficar esmolando Amor.
Querer quem nos quer.
Por que outro cumulo é ficar pedindo: vêm!  pra quem não quer estar lá;
Esmolar sentimento consegue ser ainda mais aversivo do que o masoquismo.
Implorar por migalhas de relacionamento e ir se jogando de colo em colo é degradante.
Nessas horas a lei da atração só vai te trazer os restos.
Restos de pessoas falidas, de corações amargurados,
escória que você vai abraçar como tábua de salvação,  mas que na verdade só vai te servir pra afastar da terra firme de quem realmente vale a pena.
Por tudo isso, e principalmente por sí mesma, se você se identificou em alguma parte desse texto, tá mais do que na hora de dar mais atenção á quem realmente merece: VOCÊ MESMA!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Escrava



Escrava
De cabeça baixa,aguarda sem me olhar
Sua  mutez  me embala
Ao tocar-te estremece meu corpo
Aflora o meu desejo mais louco

Lhe puxo pelo cabelo,
Acaricio teu seio
O tapa ecoa
E o cheiro do desejo flutua pelo ar
A coleira lhe adorna o pescoço
O brilho do aço, ofuscado
A pele branca contra o negro solo
Escrava, criança cativa, protegida

 
Obedeces aos meus desejos,
Implora sorrindo por meus castigos
Seu ser grita em silêncio
Pelo chicote a estalar

Ostentas as marcas como troféu
Agradeces com voz meiga
E beijos doces como o mel
Ao seu lado sou senhora
Soberana e plena
As algemas libertando a alma
Á contorcer-se imploras
Trago-a para perto
Causando dor lhe trago o gozo
E assim, exausta
Com lágrimas nos olhos,me olha
Em agradecimento e devoção.



domingo, 30 de janeiro de 2011

Ange ou Démon


Sou feita de intensidades.
Preciso de tudo que me tira o fôlego, do silêncio eloqüente, da vontade que não passa.
Minhas alegrias são absolutas; minhas tristezas, extenuantes.
Eu não me limito ao pouco, eu só vivo os extremos.
Eu danço tango sob o fio da navalha, sigo desequilibrando entre a lucidez e a loucura.
Num impulso, me deixo levar por tudo que me vêm á cabeça e ao coração. E por agir tão imediatamente meu saldo é sempre meio-á-meio.
Eu sou sim.
Eu sou não.
Esperando sempre a sintônia dos opostos.
Ás vezes acerto seguindo uma dessas intuições femininas da alma;
Já outras erro tão assustadoramente, que tenho a certeza que ou foi orgulho ou imaturidade, tudo, menos intuição.
E sempre vêm a dúvida sobre o que posso controlar, até onde devo ir; e quando devo voltar?
Assim me alimento dos excessos e me esvaio em vazios.
Me apaixono num olhar, desassossego, perco o interesse sem motivo aparente.
E meu mundo é tão amplo, uma imensidão em mim, que pergunto se é o certo tentar me limitar, ou se devo continuar a errar e acertar, me resignando a aceitar todas as minhas culpas e pecados.
Eu tenho febre, eu deliro, eu desejo.
Desejo ter mais maturidade com meus atos, mas tenho medo de ser adulta demais e com isso perder meus momentos de alegria, meu direito á jogar e acreditar.
Medo de desaprender á sonhar.
Mas a vida plena é exatamente isso, os desafios, a habilidade em se lidar com eles e tornar tudo O Melhor.
Quem aceita simplesmente uma derrota, sem luta nem moral da história, não faz valer a pena viver.
 Faz sobrar espaços, faltar abraços, excesso de lacunas.
Alma intensa, atormentada, passional.
Alma que tem saudades de sonhos perdidos, que se atormenta com as faltas.
Sobra aqui a falta de paciência, a falta da presença, e sobra espaço vazio.
Eu sou toda instinto, toda cérebro e coração num duelo infindável.
Eu sou mulher.
Meu lado obscuro é o que me ilumina, e o que há de mais puro em mim.
O perigo, está na minha lucidez.
E nesses momentos o melhor é abaixar a cabeça, não se mexer, por que como todo animal eu sinto o cheiro do medo.
E esse contato interior sempre me deixa mais perto das minhas verdades. Verdades que muitas vezes são só minhas, verdades que seguem silenciosas através de mim.
Gosto muitas vezes de falar coisas sem nexo, só pra poder ver a reação dos outros.
Só como forma de atingir.
Pra sentir.
E creio que alguém que queira me entender, tem que ser meio demônio também, talvez um demônio domador de feras, com capacidade para tocar e paciência compreender. Tato e sensibilidade.
Por conta-própria e auto-risco. Pela certeza de valer a pena.
Vale.
Por que meu mundo não é compatível com o dos outros.
Por precisar demais, por ser infinita, me dou o direito de exigir demais.
De me atrair por tudo que a maioria acha errado, pecado ou imoral.
Eu não me importo de numa briga sair arranhada, desde que depois eu suba nas alturas, e seja recompensada com uma semana visceral, me alimentando de entrega e saciando sua sofreguidão de MIM.
Preciso ser sempre a *MINHA*, e nunca  “ela”.