domingo, 20 de março de 2011

Diga não á propaganda enganosa!



Essa vida moderna realmente é muito antiquada!
Creio eu que de todos os tempos é quando mais se fala em sexo, e quando menos se pratica.
Acho que o sexo virou uma lenda, sempre se ouve coisas maravilhosas sobre ele, pessoas que viram, pessoas que fizeram, mas quando você quer fazer, não acha ninguém que queira ou saiba como faz.
Uns tempos atrás fui pra uma casa noturna que prometia ter a noite, quarenta reais secos, em troca só mulheres lésbicas participantes de uma rede social.
Quando o relógio tava pelas três e meia da manhã, a musica estava ótima, o corpo quente e as promessas da mulher que dançava comigo mais ainda, tanto que aceitei o convite para sair dali.
Is.
4 horas da manhã.
Forca.
Mulher que faz propaganda enganosa merece ser condenada á forca, sem direito á ultimo pedido.
Não se faz uma mulher ficar com expectativas para nada, não se faz alguém com vontade ficar molhada para dar uma esfregadinha e chamar isso de trepar.
Não sei onde essas menininhas andam aprendendo sobre sexo, mas garanto que eu fui autodidata e nunca decepcionei nessa matéria.
E quando a gente fica puta com uma situação dessas, ainda tem que esconder o mau-humor, pra não ser taxada por algum nome desses que pessoas assexuadas gostam de dar...
Se não for para revirar, sorver, escorrer, não me faça perder tempo.
Por que eu não perco mesmo.
Vai ficar sozinha, por que viro pro lado e durmo mesmo.
Tédio.
Tédio dessas pseudolésbicas que tem *nojinho* de sexo oral.
Mulher tem que saber amar mulher, saber onde tocar e como tocar.
Maldita seja Katy Perry e seu “Kissed a Girl”.
Beijar mulher vira modinha, e qualquer uma achar que tem condições de satisfazer outra mulher. Muitas vezes nem curiosidade não tem, é só pra dizer que é moderna.
Pois que víre emo, indie, purpurina, mas não se atreva á cruzar o meu caminho!
Depois de uma dessas acho que só resta uma boa chuveirada, por que até chuveirinho satisfaz mais.
Acho que, como a páscoa ta chegando, vou escrever ao coelhinho.

“Querido amigo peludinho, neste ultimo ano fui super boa amiga, filha paciente,
caridosa e atenciosa.
Por tudo isso, ao invés de um ovo de páscoa, queria pedir que você me trouxesse uma amiga colorida, carinhosa, tarada, relativa, com vitalidade e muito daquele chocolate corporal da Cacau Show espalhado pelo corpo.

P.S. Como sei que está meio difícil esse tipo de especialidade, se não encontrar aceito um Ramsey Rabbit mesmo.”

Ta mais fácil acreditar em coelhinho da páscoa que em femme boa de cama.

domingo, 13 de março de 2011

Segredos



Eu tenho um segredo pra contar.
Uma coisa que eu escondo e escondo, mas que é impossível de realmente ocultar, por que sempre aparece quando eu me distraio.
A verdade é que por trás da blusa decotada, dos seios, dos músculos e das mascaras, eu tenho um coração.
Ele já foi enorme, brilhante, liso, e quase não cabia no peito.
Hoje eu não sei se cresci demais, e ele se tornou pequenininho, ou se de tanto dar pontos, tirar e recolocar algumas vezes, ou pelo peso da armadura, adagas e espadas, ele parece menor.
Sempre me preocupei muito com a pele, o cabelo, as unhas, mas o coração eu ia jogando na vida, dando sempre nas mãos de quem não se preocupava se ele batia ou se caía.
Pensava que por não vê-lo ele era imune.
Uma vez eu viajei e deixei ele lá pelas bandas do Centro-Oeste, perdido, e o pobre levou anos pra voltar.
Chegou ferido, magoado, batendo de levinho.
Eu peguei de volta como quem pega passarinho de asa quebrada, lavei, botei remédio nas feridas, e escondi embaixo do lado esquerdo de muitas camadas de personalidades.
Ele foi voltando a bater um pouco mais rápido, algumas vezes descompassado, outras estimulado pelo calor que subia do baixo ventre.
Esse calor quase sempre tentava fazê-lo saltitar.
Até que ele escorregou.
Numa dessas tardes depois de rir, olhar dentro de um par de olhos brilhantes e me perder.
Ele escorregou pra dentro de uma bolsinha de veludo, e eu acreditei que era seguro.
E durante um tempo ele ficou protegido, batendo quentinho, sem nem perceber alfinete ou ferro que cutucava pra acelerar.
E quando dei por mim, ele estava jogado dentro de uma gaveta, já servindo de almofada de costura.
Lutei contra, fui minha própria inimiga, tranquei a gaveta, joguei a chave em um cofre.
Uma noite voltei sem as armas, nua, de mansinho, e o tomei de volta nas mãos.
De lá pra cá meus demônios o protegem, e prefiro não saber onde o escondem.
Porque metade de mim acredita que ele deve ser doado, e a outra parte também.
E vou lidando com a falta, ao mesmo tempo que desejando ardentemente escutar a campainha, o skipe, o toque do celular, ou mesmo uma mensagem de e-mail ou a janela piscando do MSN,
com uma gladiadora dizendo:
"Hey, não tenho medo dos teus vermes, pois também tenho os meus.
Sou a guerreira que faltava pra enfrentar teus demônios. Vou balançar o teu mundo, e sorver TUA ALMA."
Enquanto isso eu sento na janela, e fico vendo as mocinhas passando correndo, com medo.
E quando o desejo bate, vou me divertindo com as erradas...

domingo, 6 de março de 2011

Ceticismo



Cansada.
Tão, tão cansada.
Cansada de gente mentirosa.
De olhar pra trás e só ver mentiras.
Para os lados e me iludir.
Ver que a minha vontade é tanta, que chegou á me cegar vezes seguidas, á criar ilusões e só ver o que eu realmente queria.
Ceticismo.
Eu não quero ver o melhor das pessoas, me contento com a verdade.
Solidão que nunca passa, e que eu faço questão de tentar driblar me jogando em relações,
tentando não escutar meu sexto sentido e negar minha essência de mulher.
Gastrite por ficar segurando ira fermentando meu estômago.
Enjoo de mulher sem imaginação, que fica repetindo padrões,
buscando algo que nem ela mesma sabe o que é,
e que vê sempre em cada nova conquista o seu *algo mais*.
O pior é pensar que a carência faz com que acreditemos que “somos A Única”.
Desesperadamente nos agarramos quando escutamos que acrescentamos, que fazemos a diferença, que mudamos o dia e o sentido.
Sabemos que com certeza, ao menos que se namore uma virgem vinda de uma tribo africana, não seremos a única Doll na vida dela.
Sempre seremos a mais inteligente, o amore, a mozinha, a única que conseguiu levá-la ao ápice do prazer.
Até a próxima.
A sensação é de estar no planeta errado, no meio de espécie estranha.
E é muito incomoda a incerteza, o medo de nunca encontrar outro alguém capaz de sentir IGUAL.
E quando eu digo igual, é por que desejo alguém igual á *MIM*,diferente de todo mundo, capaz de sentir uma sensação única,e saber valorizar a pessoa que tem ao lado.
Se eu digo á uma pessoa que ela me é fundamental, é por que ela È mesmo, questão de necessidade.
Até quando as pessoas vão viver como personagens?
Até quando vão falar textos criados e decorados para abalar as estruturas das outras pessoas?
Por mais incrível que seja uma pessoa, por maior que seja o porte, por mais imponente que seja a postura,
por quanto mais dinheiro ela tenha, NUNCA vai deixar de SENTIR.
Ela até pode parecer uma muralha, mas com certeza terá suas fraquezas, mesmo que não sejam aparentes.
Assim como o oceano, possuo uma imensidão em mim.
Sou profunda, tenho infinidades de segredos, vida em abundância, e assim como ele não gosto de ser desafiada.
Se sou invadida reajo á altura, seja para dar ou receber.
Minha vida, minhas escolhas, meu direito de recusar.
Vomitando tudo que me faz mal.
Ressaca.
Força da natureza.