domingo, 23 de setembro de 2012

Porque eu gosto é da vilã...





Talvez você não goste de mim, muita gente não gosta, mas pode estar certa que o que quer que eu pense eu vou te falar, sem medo de você aprovar ou não!
Talvez se eu fosse meiguinha, normal e sonsa, eu não tivesse metade dos meus problemas.
Mas também não seria EU.


Desde pequena eu sou diferente, valorizo o que pra muita gente é antiquado, escrevo contos eróticos com os personagens dos contos de fadas, gosto das perversões do submundo.


Sim, eu torço pela rainha por que a Branca de neve é sem sal.


Eu amaria Uma Sharon Stone obsessiva em minha vida, ou uma Garota Infernal na minha cama!


Sedutoras, inteligentes, manipuladoras, audaciosas... as vilãs são sempre as melhores!


Eu tenho medo de gente normal. 
Medo desse povo que sò usa batom rosinha, veste bege, vai de casa pro trabalho do trabalho pra casa, nunca fez sexo em lugar inusitado.
Eu tenho medo porque um dia essa gente pega uma arma e vai na sessão de cinema, ou enforca os cachorros na arvore e depois joga no lixo.
Por isso AMO minha loucura, tenho SIM vontade de fazer sexo embaixo da arquibancada, dar aquel
e beijo no metrô, me vestir de celofane, vestir meu salto e minha roupa retrô de cerejinhas.
Eu jà fui ao supermercado sò de sobretudo e salto agulha.


Antes de me julgar, vista a minha pele, desnude a minha alma, beba dos meus lábios;


depois, pode decidir se gosta ou não de mim.
Quando precisar extravasar vou recorrer às fantasias mais loucas, às pessoas mais quentes;


Sigo satisfeita e de cabeça erguida, afinal não faço mal pra ninguém, mas MUITO BEM pra MIM!

Porque a vida è minha e è MUITO pra me contentar com pouco.

E que assim seja, amèm!

domingo, 16 de setembro de 2012

Álbum de passados






No mundo de hoje em que você conta com I-pad, Smartphone, tablet, ultrabook, è praticamente impossível manter sua vida privada.
Se você não faz parte de ao menos 1 rede social, você não existe.
Outro dia estava sem nada para fazer (ainda não estava cursando medicina), e comecei a fazer pesquisas no google, e descobri que meu passado amoroso não è nada anônimo!
A parte boa da internet è que ela lhe  deixa com o mundo aos seus pés, e muitas vezes com o coração na mão.
O mundo virtual é vasto, è  como se aquela morena inteligente e linda estivesse na esquina, e não a sabe-se lá quantos quilômetros de distância. Tú te encanta por ela, faz amizade, conversa sobre afinidades e descobre que ela já te "seguia" desde quando você era uma Srta comprometida, e te achava o máximo por tudo que  lia do teu relacionamento.
Puta falta de sacanagem! Nessas horas as redes sociais trollam a vida!
Tudo que você queria era sentar e tomar seu suco de amora, beijar um pouco na boca e ter a chance de abrir um pouquinho da sua vida pra mulher com perfume doce ao seu lado, e você acaba descobrindo que ela já (pensa) saber tudo ao seu respeito.
Você descobre que ela é exatamente aquela mulher que te encantou á primeira lida, com quem você adoraria experimentar diversas coisas novas, e ela só quer a moleca inconsequente incapaz de agir como mulher. Aquela, que ficava de olhos inchados intercalando chorar e passar as noites em claro escrevendo em scrapbooks.
E aí você pensa: Que merda! Ao invés de transar loucamente, deixar os vizinhos com inveja e ela com marcas, terá que perder tempo planejando o recadinho virtual que vai deixar a moça feliz!
Verdade seja dita: Eu quero alguém que não me venha com milhares de regras, que não chegue arrastando um grande e velho diário apontando uma página e pedindo pra protagonizar o dia tal.
Minha vida não é remake de filme de dez anos atrás!
E eu tenho tanta coisa pra oferecer, tantas idéias, tantos momentos, tanto arrepio que ainda não aconteceu!
Sabe, não quero alguém pra dividir as coisas tristes nem pra consertar meu coração.
Quero é uma companheira pra dividir conquistas!
Preciso da mulher que não se contenta com o clichê, que simplesmente vai sorrir com um batom vermelho mais caro que o meu e querer ser surpreendida.
A maior parte do tempo fico me sentindo como uma gourmant em uma barraquinha no  Brás, com aqueles pratos maravilhosos flambados ou cobertos de creme Brullè, e as pessoas me pedindo o pão na chapa e virando as costas quando digo que não tenho pra oferecer.
E vai dando uma coisa, um desespero, uma vontade de jogar o creme no decote e implorar EAT-ME!
Engulo o desejo e sorrio, pois VOCÊ não vai me entender.
Eu poderia passar horas aqui exposta e talvez um e outro tentasse dar uma garfadinha, mesmo eu deixando claro que é necessário dez colheres para dar conta da sobremesa.
E por um milésimo de instante, eu invejo a minha sombra e a média do seu Zé.