quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Escrava



Escrava
De cabeça baixa,aguarda sem me olhar
Sua  mutez  me embala
Ao tocar-te estremece meu corpo
Aflora o meu desejo mais louco

Lhe puxo pelo cabelo,
Acaricio teu seio
O tapa ecoa
E o cheiro do desejo flutua pelo ar
A coleira lhe adorna o pescoço
O brilho do aço, ofuscado
A pele branca contra o negro solo
Escrava, criança cativa, protegida

 
Obedeces aos meus desejos,
Implora sorrindo por meus castigos
Seu ser grita em silêncio
Pelo chicote a estalar

Ostentas as marcas como troféu
Agradeces com voz meiga
E beijos doces como o mel
Ao seu lado sou senhora
Soberana e plena
As algemas libertando a alma
Á contorcer-se imploras
Trago-a para perto
Causando dor lhe trago o gozo
E assim, exausta
Com lágrimas nos olhos,me olha
Em agradecimento e devoção.



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