domingo, 16 de setembro de 2012

Álbum de passados






No mundo de hoje em que você conta com I-pad, Smartphone, tablet, ultrabook, è praticamente impossível manter sua vida privada.
Se você não faz parte de ao menos 1 rede social, você não existe.
Outro dia estava sem nada para fazer (ainda não estava cursando medicina), e comecei a fazer pesquisas no google, e descobri que meu passado amoroso não è nada anônimo!
A parte boa da internet è que ela lhe  deixa com o mundo aos seus pés, e muitas vezes com o coração na mão.
O mundo virtual é vasto, è  como se aquela morena inteligente e linda estivesse na esquina, e não a sabe-se lá quantos quilômetros de distância. Tú te encanta por ela, faz amizade, conversa sobre afinidades e descobre que ela já te "seguia" desde quando você era uma Srta comprometida, e te achava o máximo por tudo que  lia do teu relacionamento.
Puta falta de sacanagem! Nessas horas as redes sociais trollam a vida!
Tudo que você queria era sentar e tomar seu suco de amora, beijar um pouco na boca e ter a chance de abrir um pouquinho da sua vida pra mulher com perfume doce ao seu lado, e você acaba descobrindo que ela já (pensa) saber tudo ao seu respeito.
Você descobre que ela é exatamente aquela mulher que te encantou á primeira lida, com quem você adoraria experimentar diversas coisas novas, e ela só quer a moleca inconsequente incapaz de agir como mulher. Aquela, que ficava de olhos inchados intercalando chorar e passar as noites em claro escrevendo em scrapbooks.
E aí você pensa: Que merda! Ao invés de transar loucamente, deixar os vizinhos com inveja e ela com marcas, terá que perder tempo planejando o recadinho virtual que vai deixar a moça feliz!
Verdade seja dita: Eu quero alguém que não me venha com milhares de regras, que não chegue arrastando um grande e velho diário apontando uma página e pedindo pra protagonizar o dia tal.
Minha vida não é remake de filme de dez anos atrás!
E eu tenho tanta coisa pra oferecer, tantas idéias, tantos momentos, tanto arrepio que ainda não aconteceu!
Sabe, não quero alguém pra dividir as coisas tristes nem pra consertar meu coração.
Quero é uma companheira pra dividir conquistas!
Preciso da mulher que não se contenta com o clichê, que simplesmente vai sorrir com um batom vermelho mais caro que o meu e querer ser surpreendida.
A maior parte do tempo fico me sentindo como uma gourmant em uma barraquinha no  Brás, com aqueles pratos maravilhosos flambados ou cobertos de creme Brullè, e as pessoas me pedindo o pão na chapa e virando as costas quando digo que não tenho pra oferecer.
E vai dando uma coisa, um desespero, uma vontade de jogar o creme no decote e implorar EAT-ME!
Engulo o desejo e sorrio, pois VOCÊ não vai me entender.
Eu poderia passar horas aqui exposta e talvez um e outro tentasse dar uma garfadinha, mesmo eu deixando claro que é necessário dez colheres para dar conta da sobremesa.
E por um milésimo de instante, eu invejo a minha sombra e a média do seu Zé.

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