Venho hoje deixar registrado meu protesto com relação á forma "Opção sexual".
Que eu saiba em sexo só se pode optar se quer ou não, onde e como vai ser.
Eu não optei por gostar de mulheres, e em momento algum da minha vida me mostraram um catalogo ou urna onde eu tivesse um menu.
Mamãe nunca sentou comigo para uma conversa séria. " Filha, chegou a hora de você escolher uma das coisas mais importantes da sua vida, você quer amar um homem, uma mulher ou os dois? Para te ajudar trouxe uma foto da Daryl Hanna e uma do Henry Castelli, qual te molha?"
Pensa que maravilha olhar no espelho pela manhã, e poder optar por quem combina mais com o figurino do dia???
"Hoje vou usar salto, vou sair com o vizinho que é alto e condiz bem, deixo Clarice para quando sair com o vestido floral e rasteirinha." ¬¬
Minha 1° paixonite foi minha "tia" do pré, com seus cabelos longos e lisos que brilhavam ao sol, e eu nunca entendi bem por que reparava na forma como o brinco da amiguinha balançava bonitinho, ou por que era tão bom estar sempre junto da minha melhor amiga da 5° série.
Não é possível escolher quando vai ocorrer química e menos ainda quem vai te arrepiar.
Assim como infelizmente não podemos optar por quem vai ter a chave do nosso coração.
Até alguns anos atrás eu pensava que se pudesse escolher gostaria de ser hetero, pois não passaria pelas crises com a família, não precisaria ter que contar a vida ao ginecologista e me casaria de branco na igreja como sonha quase toda mocinha.
Hoje mais madura e experiente não troco a pele aveludada e o toque macio de uma mulher por nada.
Nada supera o toque de uma boca carnuda, o encaixar de seio contra seio, a alma á fundir entre entre as coxas.
Assumi minha identidade e encarei o preconceito de cabeça erguida e com orgulho.
Sou mais mulher por amar outra igual.
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